Silvia Maria da Silveira Loureiro

Silvia Maria da Silveira Loureiro escolheu a academia como ferramenta de trabalho para a defesa dos direitos humanos. Sua pesquisa é voltada às áreas de Direito Internacional dos Direitos Humanos e Direito Constitucional.

Para Silvia, que sempre gostou de estudar e desde criança sonhava em ser professora, sua trajetória profissional é, em primeiro lugar, um motivo de gratidão pelas oportunidades que se apresentaram ao longo de sua carreira e que foram conquistadas com muita dedicação, mas também às pessoas que a inspiraram neste percurso.

Entre as mais importantes está o professor Antônio Augusto Cançado Trindade, uma grande referência no campo do Direito Internacional dos Direitos Humanos e que, atualmente, é juiz na Corte Internacional de Justiça. Silvia conta que seu primeiro contato com as temáticas envolvendo Direitos Humanos foi durante a graduação, através de um dos livros escritos pelo professor Cançado Trindade, que mais tarde viria a orientá-la durante o mestrado e coorientá-la no doutorado. De tudo o que aprendeu, destaca que talvez a lição mais importante tenha sido a necessária coerência entre o magistério e a prática.  

Sua motivação para trabalhar com Direitos Humanos é a justiça social. Silvia entende que os esforços rumo à igualdade devem ir além das previsões legais. Devem passar por ações voltadas à redução das desigualdades originadas pelo pertencimento dos indivíduos a um determinado grupo social e do estigma criado a partir de categorizações discriminatórias na sociedade. Não menos importante é reconhecer a existência dessas desigualdades para vencê-las e, para isso, é preciso trabalhar o respeito à diversidade.

Silvia relembra que participou, acompanhada de alunos, de diversos Cursos Avançados de Direitos Humanos (CADH) ministrados pelo IDDH e o conhecimento adquirido nestas oportunidades foi muito significativo para sua formação. Mais do que isso, acredita que o IDDH lhe possibilitou criar laços de amizade e fortalecer pequeno grupo de ativistas acadêmicos.

Sabendo que a compreensão, apropriação e proteção dos direitos humanos são essenciais para a construção de um mundo menos desigual, o maior desejo de Silvia para o futuro é que as pessoas não abram mão desse verdadeiro patrimônio conquistado pela humanidade por ignorância sobre a sua importância.