Camila teve uma relação de altos e baixos com a escola. Foi uma aluna que sempre deu o máximo nas disciplinas que gostava, ao mesmo tempo que estudava apenas o necessário para as disciplinas que não tinha interesse. Se envolveu com grêmio estudantil, trabalho voluntário e organizou uma campanha contra o bullying na escola em 2003, quando esse assunto ainda era tratado como pouco importante no desenvolvimento das crianças e adolescentes. Na universidade, seguiu a mesma lógica: afinidade e empenho com algumas disciplinas e esforço apenas necessário para o resto. Nessa época, já não falava tanto, mas seguiu se envolvendo em iniciativas para além da sala de aula.Teve seu primeiro contato com os direitos humanos logo cedo na graduação por meio das aulas da Fernanda Lapa, com quem trabalharia alguns anos mais tarde e, além de mentora, se tornaria uma grande amiga. Em 2010, Camila inciou um estágio no Instituto de Desenvolvimento e Direitos Humanos – IDDH para auxiliar na organização do Curso Anual de Direitos Humanos. Ao concluir a graduação, foi aprovada foi aprovada no Mestrado em Direitos Humanos da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Paralelamente, tornou-se assessora de advocacy e políticas públicas da organização, cargo que ocupou até 2017.
Durante esses 7 anos, Camila acredita que teve a oportunidade de desenvolver habilidades que somente a organização lhe permitiria, pois, como gosta de dizer “o IDDH é um catalizador de pessoas talentosas que oportuniza a formação e o crescimento de grandes defensores de direitos humanos”.
Atualmente, Camila vive em Washington, DC, nos Estados Unidos, e é advogada especialista em direitos humanos na Comissão Interamericana de Direitos Humanos – CIDH.
Para o futuro, ela deseja seguir contribuindo com a construção de uma sociedade latino-americana menos desigual, opressora e excludente, lutando para que todxs tenham seus direitos humanos garantidos e possam viver uma vida com dignidade e respeito.