No dia 12 de março, a frente Jovem da Rede de Advocacy Internacional (RAI) do IDDH, representada por Thaís Bonato, realizou uma manifestação coletiva no Conselho de Direitos Humanos da ONU.
Realizada durante o Diálogo Interativo com a Relatora para Defensoras e Defensores de Direitos Humanos, Mary Lawlor, a participação da RAIJ ressaltou pluralidade das crianças e jovens defensoras de direitos humanos no Brasil, cujas realidades impactam diretamente nas condições de defesa dos direitos humanos.
Também chamou atenção para a implementação do Programa Mundial de Educação em Direitos Humanos como forma de assegurar a democracia e a participação significativa e representativa das juventudes em todos os espaços nacionais e internacionais de defesa de direitos.
Por fim, considerando a iminente visita do mandato ao Brasil, Thaís chamou atenção da Relatora para que conheça a realidade da violência policial, especialmente letal para jovens negros de comunidades periféricas.
Confira a íntegra da fala clicando aqui.
Senhor Presidente,
Meu nome é Thais, falo em nome da divisão Jovem da Rede de Advocacy Internacional (RAI) do IDDH, um grupo que reúne mais de 500 Defensoras/es de Direitos Humanos.
Neste ponto, gostaríamos de frisar que, especialmente no Brasil, crianças e jovens defensoras/es de direitos humanos são um grupo bastante plural. Somos diversas/os em termos de etnia, raça, gênero e classe social. Logo, falar de DDH no Brasil é falar sobre povos indígenas, afrodescendentes, quilombolas, mulheres e a comunidade LGBTQIA+. Cada um destes grupos, enfrenta particularidades em seu trabalho de resistência e defesa dos direitos humanos.
Em segundo lugar, aproveitamos a oportunidade para enfatizar às Nações Unidas e aos Estados, o quão essencial é a implementação de Programa Mundial de Educação em Direitos Humanos para todas/os/es as/os/es jovens, assim assegurando a democracia e a participação significativa e representativa deste grupo em todos os espaços de defesa de direitos, nacionais e internacionais.
Por fim, considerando a iminente visita da Relatora Especial ao Brasil, recomendamos que conheça de perto a realidade da violência policial no país, especialmente direcionada a jovens negros nas periferias e suas mães, como visto no caso de Pedro Henrique de Tucano – BA, que, desde 2018, segue sem solução.
Obrigada.
A fala foi co-patrocinada por:
Campanha Nacional pelo Direito à Educação
Geledés – Instituto da Mulher Negra
E apoiada por:
Clínica de Direitos Humanos do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa
Instituto Aurora para Educação em Direitos Humanos
Washington Brazil Office